Resumo: Intoxicação por Ionóforos
Nesta sexta-feira, dia 14 de maio, o GEHisPa recebeu a graduanda Daniela Raldi para apresentar a palestra intitulada “Intoxicação por ionóforos”. Segue um resumo do que foi abordado.
Os ionóforos são aditivos adicionados intencionalmente na dieta dos bovinos produzidos por alguns fungos do gênero Streptomyces. Suas funções envolvem atividade coccidiostática, antimicrobiana, promotora de crescimento e reguladora do pH ruminal. Seu objetivo na dieta é melhorar os parâmetros produtivos dos animais como o ganho de peso, produção de leite e outros.
Os ionóforos foram inicialmente utilizados na avicultura, e em 1970 trazidos para a bovino e ovinocultura. Existem atualmente 120 tipos, mas os principais são a monensina, lasolocida, narasina e salinomicina.
A monensina é a mais usada em bovinos. Ela age ligando-se a íons de sódio e facilitando sua entrada na célula. A entrada de íon de sódio na célula provoca a saída de íons de potássio e hidrogênio causando uma alcalose intracelular. Além disso, há uma entrada de íons de cálcio. Todas essas alterações levam a um choque osmótico e a morte da célula. Dependendo do tecido ou agente microbiano em que isso acontece, é algo positivo, no entanto, quando aplicado erroneamente pode ser fatal para as células e consequentemente para o animal.
O diagnóstico é baseado na epidemiologia (uso do ionóforo na propriedade), sinais clínicos e achados de necropsia.
Não existe tratamento, é recomendado o uso de óleo mineral para aumentar a saída do mesmo do organismo e evitar sua absorção, associado a soroterapia. Mas o ideal é prevenir.
Para mais informações acesse nosso Instagram pelo link https://www.instagram.com/p/CPHOcVnnOot/?utm_source=ig_web_copy_link