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Resumo: Neoplasias Testiculares de Cães

07/12/2020 23:25

Na sexta-feira, dia 4 de dezembro, a acadêmica Tainá Rodrigues fez uma apresentação ao GeHisPa sobre ‘’Neoplasias testiculares de cães’’. Segue abaixo um resumo sobre o tema abordado.

As neoplasias testiculares são o segundo tipo de neoplasias mais comuns em cães machos, logo após os tumores de pele, sendo que ocorrem principalmente em animais idosos, com cerca de 9 a 11 anos de idade. Cães criptorquidas são ainda mais suscetíveis, com as chances de desenvolvimento da neoplasia testicular aumentando de 10 a 26 vezes, a qual nestes casos geralmente é maligna. Nos casos em que o tumor se desenvolve em testículos na bolsa escrotal há maior chance dos tumores serem benignos.
As neoplasias primárias são classificadas de acordo com as células afetadas, sendo o seminoma o tumor das células germinativas, sertolioma das células de sertoli e leydigocitoma das células de Leydig. Na microscopia, os seminomas podem apresentar forma intralobular e/ou difusa. A forma intralobular se caracteriza por preenchimento dos túbulos seminíferos atróficos por células neoplásicas arredondadas, sendo focal ou multifocal. A forma difusa é caracterizada por difusão das células neoplásicas dentro dos túbulos em direção ao interstício, apresentando forma de ‘’folhas largas’’ e aspecto de ‘’céu estrelado’’ dentro da neoplasia. O sertolioma também pode apresentar tanto a forma difusa quanto a intralobular, com a forma difusa apresentando mais características malignas, como figuras anormais de mitose e agregados focais ou perivasculares de linfócitos maduros. O tumor das células de Leydig por sua vez pode apresentar 3 padrões, sendo estes o cístico-vascular, o pseudoadenomatoso e o padrão sólido-difuso. O cístico-vascular apresenta espaços vasculares de grandes dimensões, delimitados por células endoteliais igualmente presentes neste padrão. O pseudoadenomatoso é caracterizado por células neoplásicas dispostas em lóbulos de diversas células pouco organizadas que circundam espaços repletos por fluido. Já o padrão sólido-difuso é composto por grupos ou cordões septados por tecido conjuntivo delicado que se organizam de forma radial a vasos sanguíneos. Os núcleos se encontram na periferia, formando estruturas em roseta.
Nos casos em que não é possível obter o diagnóstico com a histopatologia e citologia, pode ser realizada a imunohistoquímica, na qual são utilizados marcadores tumorais, sendo que muitos destes marcadores podem indicar também o prognóstico da doença.

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