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Resumo: Osteomielite aguda e parasita sanguíneo em fóssil brasileiro – uma revisão

17/11/2020 14:12

Na sexta-feira, dia 13 de novembro, os graduandos Fabrício Bianco Lopes e Emili Camerini fizeram uma apresentação ao GEHisPa intitulada “Osteomielite aguda e parasita sanguíneo em fóssil brasileiro: uma revisão”. Segue abaixo um resumo do que foi apresentado.
A apresentação foi focada no estudo de Aureliano et al (2020), que avaliou a ocorrência de osteomielite aguda
associada a presença de parasitas sanguíneos em um fóssil de titanossauro encontrado no município de Ibirá, em
São Paulo. O osso em questão se tratou de uma fíbula fragmentada, na qual, por meio de tomografia computadorizada, foi possível observar reações periosteais formando protuberâncias com formato de doma elíptica e
padrão de filigrana.

No exame histopatológico, foi observado elevação periosteal com tecido reticular primário; perda do padrão reticular; córtex irregular em toda sua extensão; presença de área com menor reação, apresentando
concentração fibrolamelar; presença de canais radiais em locais com lesão, os quais apresentavam reação avançada,
vascularização reticular maior e cavidades de reabsorção, dando origem às protuberâncias observadas.

Com relação aos parasitas, foi visto que estes possuíam formato fusiforme e coloração variando de cinza escuro a
verde escuro, sendo constituídos principalmente por fosfato de cálcio. Além disso, foi observado que as formas
menores estavam presentes tanto na região cortical quanto na medular, enquanto que as formas maiores foram
encontradas apenas na região medular. A anisotropia e química irregulares, além da análise da morfologia, permitiu a identificação do parasita como pertencente à família Trypanosomatidae. Esta é a primeira descrição de um fóssil
parasita preservado diretamente em tecidos de vertebrados. Isso foi possível devido a replicação de minerais
autigênicos durante decomposição óssea.

Legenda imagens:
1- Fotografia detalhada da lesão fossilizada mostrando formas epiteliais eruptadas.
2- Imagens de modelo de tomografia computadorizada 3D reconstruído de fragmento da fíbula. Vistas: A-medial; Blateral; C-anterior; D-posterior).
3- Imagem ilustrativa mostrando as fases de formação de um fóssil.
4- Histologia da fíbula do titanossauro. A menor imagem mostra osso secundário arranjado longitudinalmente na
cortical interna anteromedial. Ao aproximar observam-se três gerações de ósteons secundários se sobrepondo.
Observe que há até seis camadas Haversianas depositadas centrípeta ao redor dos ósteons. As imagens foram
tiradas sob luz polarizada (nicóis cruzados)
5- Histologia da reação periosteal à disseminação da lesão infecciosa. Aumento da deformidade tecidual (lesão
óssea) e reações periosteias (PR) agressivas.
6 – Parasitas fossilizados preservados no interior dos canais vasculares. Foi usada luz polarizada.
7 e 8- Aproximação da imagem 5 (F). Estruturas oxidadas pontilhadas em grupos localizadas na protuberância
sugerem potencial infecção secundária por bactérias (desenho esquemático em 8).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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