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Resumo: Avaliação e classificação de queimaduras em animais selvagens

17/10/2020 18:45

Na sexta-feira, dia 16 de outubro de 2020, durante o encontro do GEHisPa, as graduandas Acauane Sehnem Lima e Stephanie Alves de Freitas apresentaram ao grupo a palestra intitulada “Avaliação e Classificação de Queimaduras em Animais Selvagens”. Segue abaixo um resumo do tema abordado.

Devido ao atuais eventos em todo o país, tratar de queimadura se tornou algo de extrema importância. As queimaduras em animais silvestres recebem a mesma classificação que em domésticos. Todavia é importante lembrar que devido a grande diversidade de animais e tamanhos, e diversas composições de pele, muitas vezes essas classificações são subjetivas e pouco usadas.

Mel ou própolis: O mel também proporciona um ambiente úmido na ferida e gera condições favoráveis para a sua cicatrização. As propriedades antimicrobianas do mel são atribuídas a alguns dos seus componentes como o peróxido de hidrogênio, bem como aos elevados níveis de açúcar que geram alta osmolaridade com o consequente efeito higroscópico e baixo pH. Os benefícios do mel na cicatrização de feridas incluem o estímulo ao crescimento tecidual, o aumento da epitelização e a minimização da formação de cicatriz que pode estar associada ao fato do mel diminuir os níveis de prostaglandina e aumentar os produtos finais oriundos do óxido nítrico

Pomadas cicatrizantes: é o tratamento mais utilizado e mais acessível, os medicamentos disponíveis são basicamente antibióticos, anti-inflamatórios, cicatrizantes disponíveis. Geralmente associados a outros princípios ativos. O mais comum é a sulfadiazina de prata a 1%.

Células-tronco: a células-tronco exógenas melhoram o processo cicatricial, por sua ação reconstrutora de tecidos ou pela secreção de substâncias, que dependem da fonte de células e de sua administração. A meta de aplicação das células-tronco em queimaduras visa melhorias na qualidade da cicatrização, com fechamento precoce da lesão pela aceleração do processo cicatricial e prevenção das contraturas e formações cicatriciais, preferencialmente com regeneração da pele com seus apêndices; além disso, a atenuação da resposta inflamatória sistêmica nas queimaduras extensas pode auxiliar na redução das infecções. Alguns desafios permanecem a ser definidos como: a melhor fonte tecidual doadora, método de processamento, modo da aplicação clínica e sua funcionalidade

Pele de tilápia: a caracterização da pele de tilápia do Nilo, a partir de suas propriedades histomorfológicas, tipificaçao do colágeno e características físicas (resistência à tração)  mostrou que as características microscópicas da pele são semelhantes à estrutura morfológica da pele humana, apresentando derme composta por feixes de colágeno compactados, longos e organizados, em disposição paralela/horizontal e transversal/vertical, predominantemente, do tipo I. A pele também demonstrou elevada resistência e extensão à tração em quebra. O colágeno tipo I da pele da tilápia estimula Fatores de Crescimento de Fibroblastos (FGF), os quais expressam e liberam Fator de Crescimento de Queratinócitos (KGF), duas citocinas importantes e imprescindíveis para o fechamento das feridas.

Lembrando que os tratamentos acima são realizados após a estabilização dos animais que muitas vezes chegaram desidratados, desequilíbrio eletrolítico, com dor, perda ou aumento da temperatura, alterações cardíacas e edema, por isso deve-se proceder com sua estabilização para então fazer o curativo. O prognóstico é sempre reservado, pois além da queimadura, sua extensão e profundidade, deve-se considerar que o animal pode ter inalado monóxido de carbono o que leva a mortes por intoxicação.

 

 

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