Síndrome da veia cava caudal em bovino
A Síndrome da veia cava caudal pode ser uma condição clínica associada à formação de abcesso no sistema arterial pulmonar. Essa condição caracteriza-se pela formação de êmbolos sépticos na corrente sanguínea, formados a partir de trombos da veia cava caudal que obliteram o lúmen vascular, causando hipóxia tecidual (BRAUN et al., 2002). Os trombos são reconhecidos como sequelas de várias condições sépticas como: flebite da jugular, mastite, podridão dos cascos, enterites, pneumonias, reticulopericardite traumática e laminite (SIMPSON et al., 2012). Outra condição que pode desencadear é a onfaloflebite, processo inflamatório que acomete a veia umbilical de bezerros (MEUDAL, 2006). Um grande número de vasos colaterais é recrutado quando a veia cava e suas principais tributárias venosas sofrem obstrução. Em consequência disso há descompensação circulatória, diminuindo a função hepática, causando fibrose tecidual, onde o tecido hepático é substituído por estroma. As lesões microscópicas encontradas na análise histopatológica são compatíveis com flebite (presença de macrófagos, linfócitos e neutrófilos), atrofia dos hepatócitos e presença de macrófagos com hemossiderina.
Bovino, fêmea da raça Holandesa, 2 anos de idade.

Imagem 2: fígado com fibrose (substituição das células necrosadas por tecido conjuntivo) e hemorragia, HE, obj.40x.

Imagem 3: fígado apresentando células em necrose, picnóticas (setas pretas), comparar com as células que ainda apresentam sua conformação normal (seta branca), HE, obj. 10x.